domingo, 8 de junho de 2008

Raul Pont esteve presente no seminário

No último dia de atividade o deputado estadual, Raul Pont (PT), falou sobre a resistência dos esdutantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) à repressão sofrida durante a ditadura militar. No vídeo, ele concede uma entrevista à RádioCom, única rádio de Pelotas interessada em realizar a cobertura do evento.

A experiência de Raul Pont no movimento estudantil se deu, justamente, em 1968, quando foi presidente do Diretório Central dos Estudantes da UFRGS.

De forma descontraída, o deputado falou sobre as estratégias de mobilização das organizações estudantis durante o regime. Segundo o parlamentar petista, a luta dos movimentos sociais contra a ditadura era, sobretudo, uma batalha contra um inimigo em comum: o imperialismo norte-americano. "Mesmo com as divergências internas todas as correntes de esquerda se uniram para combater a ditadura militar", ressaltou Pont.

Último dia de seminário





Para o coordenador do Instituto Mário Alves (IMA), Renato Dellavechia, a resposta da comunidade ao evento foi muito boa. "O seminário atingiu seu objetivo, pois a participação foi bem significtiva. Isso demonstra que ainda há interesse por este tema", disse. Para ele, "as mudanças ocorridas em 1968 caracterizam este período como o acontecimento político mais importante do século passado".















Público qualificado que se fez presente durante todo o evento.

Os sonhadores

Filme sobre Maio de 1968 é apresentado no seminário

Todo o enredo do filme "Os Sonhadores", dirigido pelo italiano Bernardo Bertolucci, se passa em Paris, no ano de 1968. Um jovem norte-americano, apaixonado por cinema, vai a Paris para estudar francês. Mathew acaba morando com outros dois jovens, Isabelle e Theo. Os três ficam juntos por um bom tempo, mas Mathew surpreende-se com a relação incestuosa vivida pelos irmãos gêmeos.

De inicio, o norte-americano fica assustado, embora sinta-se tentado a participar. Com o tempo ele passa a fazer parte do jogo amoroso e cria-se um clássico ménage à trois. Mathew faz uma série de descobertas sobre liberdade sexual, as quais acabam dando o tom da trama de Bertolucci.

Em maio de 1968 , a França vivia uma época de mudanças comportamentais e, principalmente, de transformações impactantes nas esferas política e social. Mesmo assim, os três jovens pareciam experienciar um mundo à parte, que não existia para além de suas descobertas e revoluções pessoais.

Quando eles se dão conta do que realmente estava acontecendo deixam de sonhar sozinhos. Os três amantes passam a experimentar uma das máximas do movimento estudantil de 1968: "os limites impostos ao prazer excitam o prazer de viver sem limites".

Maio de 1968: a revolução permanente

"Sejam realistas, exijam o impossível!"

Quando, em maio de 1968, os estudantes franceses saíram as ruas, armaram-se daquilo que os déspotas jamais poderiam roubar-lhes. Estavam munidos de paixão. Eram puro sentimento, entricheirados em literatura e disparando poesias. Repetiam com ênfase aquilo que outrora lhes disse Che Guevara, "não se pode deter a primavera mesmo matando uma, duas ou três rosas". Assassinado em 1967, na aldeia de La Higuera, Che já imaginava a incapacidade das forças conservadoras de se enraizarem no poder. Mesmo hoje, na dita pós-modernidade, a história permanece sendo escrita pelas mãos calejadas dos trabalhadores e as flores continuam vivas; talvez, só precisem ser regadas.

"Milionários de todos os países, unam-se, o vento está mudando."

Em 1968, a França vinha de uma derrota durante a Segunda Guerra Mundial e os Estados Unidos estava cada vez mais afundado na Guerra do Vietinã. A todo instante surgiam movimentos reivindicatórios, os quais pressionavam as autoridades e exigiam o cumprimento dos direitos civis em todos os cantos do mundo. No Brasil, o AI-5 apontava para aquilo que seria o período de maior repressão durante a ditadura militar.

Pichações, barricadas, confrontos com a polícia; era preciso adotar qualquer forma de intervir na realidade. Sentia-se a urgência de inscrever seu próprio nome na história, grafar o livro dos dias com o vermelho do amor; em uma revolução política, mas, acima de tudo, pessoal.

Assim como ocorre no dias de hoje, os meios de comunicação da época diziam que a luta de classes era coisa do passado. A visível ascenção econômica dos EUA no pós-guerra reforçava a vitória do mercado, marginalizando qualquer movimento de caráter público e coletivo. A elite francesa gabava-se de melhores condições de vida, já que a indústria deste país desenvolvia-se com muita rapidez, principalmente após a Segunda Guerra Mundial.

No entanto, o progresso da indústria representava também o fortalecimento do operariado, cada vez em maior número e sindicalizado. Enquanto a França desenvolvia-se economicamente, a classe trabalhadora continuava submetida a uma série de explorações. O descontentamento com o governo era evidente e a consciência de classe emergia entre trabalhadores e estudantes. Nos primeiros meses de 1968 os confrontos entre a polícia e o movimento estudantil eram constantes. O fechamento de algumas universidades fazia parte da política conservadora e autoritária do general Charles De Gaulle, que estava no poder desde o início da década de 1960.

Greve geral

Na greve geral, do dia 13 de maio, mais de um milhão de pessoas sairam às ruas. Os insurgentes mostravam-se dispostos a tudo para modificar as condições política e econômica do país. A luta de classes se apresentava de forma singular. Era um movimento híbrido, responsável por aglutinar trabalhadores e estudantes, dando coesão às mobilizações. Todo tipo de profissional se convertia em uma única classe de explorados.

Porém, ainda no mês de junho, os capitalistas fizeram uma proposta aos dirigentes sindicais. Os salários aumentaram e foram asseguradas outras conquistas para cada categoria. Aos poucos os trabalhadores abandoram a greve e retornaram aos postos de trabalho. Se esta história acabasse assim, o final seria um pouco frustrante, mas os resultados desta revolução permanecem presentes até os dias de hoje.

Jamais a classe patronal francesa poderia imaginar que, um dia, aconteceria uma sublevação como a de maio de 1968. O país estava em pleno auge econômico, passava por um crescente processo de industrialização. Os trabalhadores franceses eram vistos como uma massa alienada e americanizada, ou seja, incapaz de pensar por si só. Mas, mesmo nesse contexto, a faísca do movimento estudanil tranformou-se em labareda e, esta, por sua vez, incendiou ruas e fábricas. O mundo esteve em chamas e jamais poderia ser o mesmo. Os corações revolucionários batiam esperançosos de que, superadas as condições de submissão ao capital, descobriria-se o quanto o ser humano pode ser criativo, revolucionário e apaixonado pela simples condição de viver intensamente. Esta história continua (...)

Filme Panteras Negras (1996)

Filme exibido durante o Seminário 1968 - 40 anos depois.

"40 anos depois o preconceito ainda continua"

Falar sobre a luta pelos direitos civis e o movimento negro nos EUA. Esta foi a tarefa de Sandro Gonzaga, professor de história da UFRGS. Martin Luther King, os Panteras Negras, a postura da imprensa e dos aparelhos repressores do Estado. Cada aspecto relevante deste período, dentro da retrospectiva dos 40 anos de 1968, foi abordado na palestra.

Após aproximadamente duas horas de conversa, onde foram citados os principais acontecimentos relativos ao movimento negro nos EUA, veiculou-se o filme “Panteras Negras”. A obra cinematográfica é dirigida por Mario Van Peebles e conta um pouco da trajetória do movimento negro em Oakland, Califórnia.

Trata-se de um retrato da época, na qual se cria um partido para proteger a população negra da polícia racista. A organização é, acima de tudo, política. Através de um processo educativo e de formação, o partido pretendia conscientizar a comunidade negra de sua condição de classe e função histórica.

O filme mostra como os brancos de Oakland, apoiados pela polícia, tentam se livrar daquilo que consideram ser uma "ameaça" às pretensões da elite norte-americana.

Movimento Negro em 1968

Eu tenho um sonho

Martin Luther King foi um dos grandes expoentes na luta contra a discriminação racial

O reverendo Martin Luther King era um sonhador, um pacifista e, também, um revolucionário. Foram 13 anos de lutas pelos direitos civis até conseguir a intervenção do Estado nas questões envolvendo a discriminação racial.

Entre os boicotes e as manifestações lideradas por King destaca-se a passeata em Washington, onde proferiu o seu histórico discurso para mais de 200 mil pessoas. Na ocasião, o líder negro afirmava: "I have a dream" - "Eu tenho um sonho". Durante o discurso, realizado no racista estado do Alabama, ele dizia sonhar com o dia em que crianças negras e brancas dariam as mãos e viveriam como irmãos. Entre as conquistas dos negros, nesta época, destaca-se a Lei do Direito de Voto (1965), a qual extingüia o uso de exames que tentavam impedí-los de votar.

King morreu em 4 de abril de 1968, após ser baleado em um hotel na cidade de Memphis, local onde hoje é a sede do Museu Nacional dos Direitos Civis. O assassino, James Earl Ray, foi preso e condenado a 99 anos de prisão.

Panteras Negras

Com a morte do pacifista o movimento negro ganhou força e se acirraram os conflitos raciais nos EUA. Um grupo conhecido como Partido Panteras Negras, fundado em 1966, já contava com mais de 5 mil membros no mesmo ano da morte de
Luther King. Esse salto na organização política e social dentro do movimento negro impulsionou a conscientização de milhares de jovens e trabalhadores.

Mas os Panteras Negras foram ainda mais além. Criaram centros médicos, educacionais e forneceram alimentação para crianças desamparadas. Os dez pontos programáticos do partido direcionavam a ação direta para a luta contra as mazelas provocadas pela elite branca norte-americana.

Os militantes negros empenhavam-se cada vez mais na busca dos direitos civis. Lutavam por emprego, melhores condições de trabalho, assistência médica, educação igualitária, libertação de prisioneiros, mudanças radicais no sistema judicial e, também, pela não-convocação para a Guerra do Vietnã.

Um dos principais membros do partido Panteras Negras declarou, publicamente, o que sentiu após a morte de Luther King. Em seu discurso, Stokely Carmichael sintetizou a revolta vivenciada na época: "agora que levaram o Doutor King, está na hora de acabar com essa merda de não-violência".

A postura combativa do grupo levou o FBI a considerá-los uma ameaça à segurança interna dos EUA. As principais lideranças do movimento foram presas, torturadas, mortas, ou ainda, obrigadas a se exilar. Mas um caso que chama a atenção da opinião pública, há mais de 20 anos, é o da prisão e condenação à cadeira elétrica de Mumia Abu Jamal. Ele foi preso por, supostamente, ter
assassinado um policial que espancava o seu irmão. Em março de 2008 a sentença converteu-se em prisão perpétua, sendo lhe concedido um novo julgamento.



Olimpíadas

Durante as Olimpíadas do México, em outubro de 1968, os atletas Tommie Smith e John Carlos, ao ficarem em primeiro e terceiro lugares respectivamente, durante a prova de atletismo, mostraram ao mundo a força e o orgulho do poder negro. Quando subiram ao pódio, os desportistas ergueram os braços, com os punhos fechados, em sinal de protesto. O Comitê Olímpico Internacional (COI) expulsou os atletas norte-americanos dos jogos. Mas isso não foi suficiente para impedir que a história de luta em busca da igualdade racial atingisse a mente de milhões de afrodescendentes de todo o mundo.

"Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados por sua personalidade, não pela cor de sua pele" (
Martin Luther King)

A Primavera de Praga

Como fazer a transição de um regime autoritário para uma social-democracia? Essa era a pergunta que atormentava Alexander Dubcek, secretário geral do partido comunista tchecoslovaco - Komunistická strana Československa (KSČ) . Em 1968, o KSC foi contra as medidas autoritárias patrocinadas pelo regime comunista da URSS, o qual havia deformado os ideais socialistas e contrapunha-se às propostas de Dubcek.

A idéia era humanizar o comunismo e rever a constituição para garantir os direitos dos cidadãos. Nesse sentido, Dubcek pregava a livre organização partidária
e tinha planos para que a imprensa também agisse livremente, o que acabaria com a hegemonia do partido comunista dentro da Tchecoslovaquia. A URSS, contrariada com as medidas que estavam sendo adotadas por Dubcek, mobilizou-se com o apoio das tropas do pacto de varsóvia, invadindo aquele país e sepultando a Primavera de Praga.

Efeitos políticos

Embora derrotados dentro do plano militar, a ação promovida pelos intelectuais comunistas tchecos propiciou uma transformação gradativa no pensamento marxista em toda a Europa. Em 1988, Michail Gorbachov anunciou que a URSS havia abandonado a doutrina brejnev, criada ainda durante a Primavera de Praga. Essa doutrina defendia a intervenção de um Estado Socialista em assuntos políticos de outro país visando preservar o regime da época.











Durante o Seminário 1968 - 40 anos depois, o sociólogo, Tarson Nunes, falou sobre o Leste Europeu e a Primavera de Praga.

domingo, 25 de maio de 2008

Elinor Brito fala sobre a FUEC

A luta dos estudantes no Rio de Janeiro

Na noite desta quinta-feira (15), o professor Elinor Brito, que em 1968 foi coordenador da Frente Unida dos Estudantes do Calabouço (FUEC) , falou sobre o movimento estudantil no Rio de Janeiro e a forte oposição dos estudantes à ditadura militar.

Ao explicar as motivações de luta dos militantes cariocas, na década de 1960, - o que mais tarde irá culminar na Marcha dos Cem Mil - Brito destaca que, "o movimento estava se mobilizando para exigir a conclusão das obras do restaurante universitário".

O espaço deveria ser destinado aos estudantes cariocas, mas estava por ser apropriado pelos militares, tendo em vista a sua magnitude. O local era tido como estratégico pelo Exército, pois pretendia-se utilizá-lo para realizar uma reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo Brito, a idéia do governo militar era "reurbanizar a área", utilizando-se da força para expulsar os estudantes do Calabouço.

Assim, foram intensificadas as mobilizações em defesa da manutenção do restaurante como um ambiente público. Por outro lado, mesmo com a resistência dos estudantes para que o lugar não fosse destinado a fins privados, os militares terminaram por destruí-lo.

O impacto desta ação militar repercutiu fortemente em meio ao movimento estudantil, não surtindo o efeito esperado pelo Governo. Ao invés de acabar com a mobilização dos estudantes, tal atitude serviu como combustível, acelerando as lutas pela retomada da democracia. Para Brito, "a morte do estudante Edson Luiz, que ocorreu durante a invasão ao Calabouço, acertou em cheio o coração do Brasil".

A passeata dos Cem mil

Após o assassinato de Edson Luís de Lima Souto, em 28 de março de 1968, realizou-se uma grande manifestação no Rio. Mais de cem mil pessoas estiveram reunidas na Cineilândia, zona central do Rio de Janeiro. Foi o maior protesto ocorrido contra a ditadura militar no país, representando um marco da resistência estudantil durante esse período.

Sexo, drogas e Rock'n Roll

A década de 1960 marca o ápice das mudanças sociais e políticas em todo o mundo. No Brasil, presencia-se o surgimento da tropicália e, com isso, uma nova identidade cultural começa a ser construída. Caetano Veloso, Gilberto Gil e Tom Zé são alguns dos artistas que fazem parte deste movimento e que, ainda hoje, continuam remodelando o que se convencionou chamar de MPB.

Não só na música, mas nas artes plásticas, no teatro e no cinema, a estética da cultura brasileira transformou-se gradativamente. A preocupação dos artistas era evidenciar a função social das manifestações populares. Mulheres, negros e homossexuais buscavam espaços de atuação e, desta forma, se organizaram para contestar qualquer tipo de preconceito. Nesse período, também entra em pauta a discussão sobre o uso da pílula anticoncepcional e o direito de igualdade entre os sexos.

Inspirados na revolução cubana, os jovens latino-americanos questionavam a sociedade burguesa. Seja através da arte, do uso de drogas ou da liberdade sexual, mostravam-se dispostos a contrapor o sistema e defender a liberdade de escolha e pensamento. Nos EUA, a classe média, cansada das guerras e injustiças, fez eregir o movimento hippie, defendendo a criação de uma sociedade pacifista. A frase, Make Love Not War - Faça Amor Não Faça Guerra - repercutiu por toda América, tornando-se um lema contra a Guerra do Vietinã.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Osmar Schaefer fala sobre Marcuse e Sartre

Um dos nomes mais lembrados quando se fala na primeira geração da Escola de Frankfurt é o do filósofo alemão Herbert Marcuse. Durante a palestra do professor Osmar Schaefer, destacou-se a postura deste pensador, o qual, junto com Theodor Adorno e Max Horkheimer, influenciou na formação crítica de milhares de estudantes em todo o mundo.

Contudo, Marcuse não era apenas mais um dos críticos da indústria cultural. Este intelectual militante enganjou-se nas lutas estudantis questionando toda forma de autoritarismo.
Sua crítica a ideologia do progresso era uma forma de se opor a posição dos meios de comunicação norte-americanos, principalmente durante a cobertura da Guerra do Vietnã (1961-1974). Baseado no tripé: filosofia, teoria social e política radical, o pensador entrou em estreita oposição aos seus companheiros de estudo, evidenciando a importância da práxis social.


Jean Paul Sartre: o intelectual militante

"Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim".

Jean Paul Sartre assombrará para sempre as estruturas conservadoras da sociedade contemporânea. Aos 63 anos ele esteve lado a lado com os estudantes franceses nas barricadas de Paris, em 1968.

Sua atuação militante deveria causar constrangimento aqueles que usam a idade como justificativa para uma mudança de postura política. Amante da arte e da vida, dizia que todo o intelectual deve voltar-se para a condição concreta de sua existência, não se deixando aprisionar pela abstração e inércia, próprias do meio acadêmico.

Na foto acima: Sartre está sentado ao lado de Daniel Cohn-Bendit, um dos principais líderes do movimento estudantil na França, em 1968.


No vídeo abaixo: o professor Osmar Schaefer fala sobre Sartre e Marcuse.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Abertura oficial

Na noite do dia 12 de maio teve início o Seminário 1968 - 40 anos depois. A atividade está sendo promovida pelo Instituto Mário Alves (IMA), organização não governamental da cidade de Pelotas-RS. Há mais de sete anos o IMA trabalha junto aos movimentos sociais da região, estimulando o debate e promovendo a formação política de estudantes e trabalhadores.

Na primeira noite do evento, o professor de História Contemporânea da UFRGS, Enrique Padrós, falou sobre "O contexto mundial e o significado de 1968". A palestra foi realizada no auditório do Colégio São José e contou com a presença de um bom público.

Segundo o historiador, "foi um ano onde o mundo inteiro presenciou gritos de mudança e descontentamento, questionando o autoritarismo vigente". Uma época de rupturas, na qual o cenário criado pela Guerra Fria e a proliferação dos meios de comunicação de massa colocavam em xeque a importância da participação popular no processo de transformação social.

Não deixe de participar

Todas as atividades propostas no seminário são abertas ao público em geral. No entanto, para receber certificado, os estudantes devem pagar R$15,00 e os demais profissionais R$20,00.

Programação do Seminário 1968: 40 anos depois


De 12 a 16 de maio, ocorrerá em Pelotas, o Seminário 1968 - 40 anos depois, as palestras serão realizadas no auditório da Escola de Comunicação da UCPel (Campus 2), na parte da tarde e, à noite, no auditório externo do Colégio São José.


Confira abaixo a programação do evento:


Segunda(12/05/08)
Tarde 14h
CREDENCIAMENTO/INSCRIÇÕES
MOSTRA DE FOTOGRAFIAS SOBRE O CONTEXTO DE 1968

Noite 19h
ABERTURA
O Contexto Mundial e o significado de 68
Prof.Dr.Enrique Padrós História Contemporânea da UFRGS
Cláudio Nascimento Sociólogo


Terça(13/05/08 )
Tarde
14 h. Marcuse, Sartre e os movimentos contraculturais de 68"
Osmar Schaefer Dr. em filosofia

16 h. Filme: 1968: O conflito de gerações

noite:
1968 e a Contracultura nas Américas
Dr. Cesar Guazzelli Profº Historia UFRGS


Quarta(14/05/08)
Tarde

14 h. O Contexto de 68 em Pelotas:
José Luis Marasco
Luis Carlos Lucas
Manoel L.V.S. Coelho

16 h. Filme: AI – 5 (documentário)

Noite:
Primavera de Praga e o Leste Europeu
Tarson Nunes Sociólogo


Quinta(15/05/08)
Tarde

14h. A luta pelos direitos civis e o Movimento Negro nos EUA
Sandro Gonzaga História UFRGS
16h. Filme: Os Panteras Negras

Noite
A luta dos estudantes do Calabouço no Rio de Janeiro e a passeata dos 100 mil
Elinor Brito (Coordenador da FUEC – Frente Unida dos Estudantes do Calabouço, no Rio em 68)


Sexta(16/05/08)
14 h. O Maio de 68 e a Juventude na Europa
Dra. Anne Wautier Prof. Sociologia ISP
Jaime Wünch
16 h. Filme: Os Sonhadores

Noite
A luta dos estudantes no Rio Grande do Sul: O AI 5 e a repressão na UFRGS
Raul Pont - Historiador